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Mais de 15 mil assaltos a estabelecimentos comerciais são registados anualmente em todo o país. Uma média de 42 casos por dia e de 1260 por mês, tendo em conta as participações que dão entrada nas diversas forças policiais.
No ano passado, os distritos de Lisboa (3152 ocorrências) e do Porto (2852) destacaram-se na lista negra, segundo as estatísticas fornecidas, ao JN, pelo Gabinete Coordenador de Segurança. Os dados referem-se a situações de furtos, ou seja, não integram os casos de criminalidade violenta, como roubos à mão armada.
O "top" dos assaltos a lojas tem conhecido variações desde 2004. Naquele ano, era o Porto que liderava, com quase 4000 furtos, atirando Lisboa (2926 casos) para o segundo lugar. Nos anos seguintes, os números foram encolhendo no distrito nortenho, numa realidade que se foi consolidando até 2007 (menos 242 do que em 2006). Em contrapartida, o distrito do Sul foi cimentando a posição de "número um", ainda que com decréscimos pouco significativos a partir de 2005.
A nível nacional, as contas feitas pelas autoridades apontam para uma tendência de descida geral. Foram registados, no ano passado, 15 511 furtos, menos 338 do que em 2006. A seguir aos distritos de Lisboa e Porto, surgem Faro, Setúbal e Aveiro, todos com números superiores a mil casos.
De acordo com fontes ligadas à investigação criminal das forças de segurança, uma parte significativa dos assaltos a estabelecimentos comerciais acontece durante a madrugada, sobretudo no período compreendido entre a meia-noite e as seis horas da madrugada.
O arrombamento de portas e janelas - muitas vezes aproveitando determinadas fragilidades de segurança - o escalamento dos edifícios e o recurso a chaves falsas são os métodos mais postos em prática pelos assaltantes. Cafés e outros espaços de restauração, ourivesarias, lojas de pronto-a-vestir e de material informático têm sido os principais alvos.
Entre os artigos mais furtados contam-se tabaco, televisores de plasma, peças em ouro, computadores e electrodomésticos. "Por norma vão parar ao mercado negro", sublinhou um elemento policial, realçando a crescente "força" do circuito de receptação do material.
"Há cada vez mais furtos por encomenda e grupos organizados que se dedicam a essa actividade, conseguindo neutralizar, por vezes, sofisticados sistemas de segurança. Os assaltantes vão buscar artigos específicos, que sirvam aos receptadores", notou outro investigador. Estão, também, referenciadas várias situações em que os furtos foram perpetrados por indivíduos toxicodependentes que procuram "moeda de troca" para o estupefaciente.
Para prevenir os assaltos, as autoridades aconselham os comerciantes a apostar na instalação de fechaduras reforçadas, alarmes, grades ou sistemas de videovigilância. Retirar todo o dinheiro das caixas registadoras na altura do fecho dos estabelecimentos é outra "regra de ouro".
No caso de o furto já ter sido consumado, os lojistas são aconselhados a preservar o local do crime, para possibilitar uma eventual recolha de vestígios por parte das autoridades policiais.
No ano passado, os distritos de Lisboa (3152 ocorrências) e do Porto (2852) destacaram-se na lista negra, segundo as estatísticas fornecidas, ao JN, pelo Gabinete Coordenador de Segurança. Os dados referem-se a situações de furtos, ou seja, não integram os casos de criminalidade violenta, como roubos à mão armada.
O "top" dos assaltos a lojas tem conhecido variações desde 2004. Naquele ano, era o Porto que liderava, com quase 4000 furtos, atirando Lisboa (2926 casos) para o segundo lugar. Nos anos seguintes, os números foram encolhendo no distrito nortenho, numa realidade que se foi consolidando até 2007 (menos 242 do que em 2006). Em contrapartida, o distrito do Sul foi cimentando a posição de "número um", ainda que com decréscimos pouco significativos a partir de 2005.
A nível nacional, as contas feitas pelas autoridades apontam para uma tendência de descida geral. Foram registados, no ano passado, 15 511 furtos, menos 338 do que em 2006. A seguir aos distritos de Lisboa e Porto, surgem Faro, Setúbal e Aveiro, todos com números superiores a mil casos.
De acordo com fontes ligadas à investigação criminal das forças de segurança, uma parte significativa dos assaltos a estabelecimentos comerciais acontece durante a madrugada, sobretudo no período compreendido entre a meia-noite e as seis horas da madrugada.
O arrombamento de portas e janelas - muitas vezes aproveitando determinadas fragilidades de segurança - o escalamento dos edifícios e o recurso a chaves falsas são os métodos mais postos em prática pelos assaltantes. Cafés e outros espaços de restauração, ourivesarias, lojas de pronto-a-vestir e de material informático têm sido os principais alvos.
Entre os artigos mais furtados contam-se tabaco, televisores de plasma, peças em ouro, computadores e electrodomésticos. "Por norma vão parar ao mercado negro", sublinhou um elemento policial, realçando a crescente "força" do circuito de receptação do material.
"Há cada vez mais furtos por encomenda e grupos organizados que se dedicam a essa actividade, conseguindo neutralizar, por vezes, sofisticados sistemas de segurança. Os assaltantes vão buscar artigos específicos, que sirvam aos receptadores", notou outro investigador. Estão, também, referenciadas várias situações em que os furtos foram perpetrados por indivíduos toxicodependentes que procuram "moeda de troca" para o estupefaciente.
Para prevenir os assaltos, as autoridades aconselham os comerciantes a apostar na instalação de fechaduras reforçadas, alarmes, grades ou sistemas de videovigilância. Retirar todo o dinheiro das caixas registadoras na altura do fecho dos estabelecimentos é outra "regra de ouro".
No caso de o furto já ter sido consumado, os lojistas são aconselhados a preservar o local do crime, para possibilitar uma eventual recolha de vestígios por parte das autoridades policiais.
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Fonte: Jornal de Notícias de 23.06.2008
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