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O nome mudou, mas a tendência manteve-se: a despesa pública com o Rendimento Nacional de Inserção (sucessor do Rendimento Mínimo Garantido) continua a subir.
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Só até Julho aumentou quase 22% face ao ano anterior, apesar da quebra de 34 035 beneficiários. O Governo lerá esta descida com optimismo, mas quando nos primeiros seis meses do ano a despesa sobe e se gasta mais de 60 por cento do orçamento previsto há poucos motivos para sorrir.
António Guterres hasteou a bandeira da reinserção, Durão Barroso mudou-lhe as cores e José Sócrates fez o mesmo assim que chegou ao poder. No baralhar e dar de novo da solidariedade social, muitos portugueses continuaram a dar cartas no jogo fácil da dependência do Estado.
Sejam quais forem os truques, a verdade é que Portugal – se quer garantir, pelo menos, o último lugar dos países da primeira linha europeia – não pode acomodar-se e tem de reduzir o número de dependentes. E isso não se faz apenas com o corte nos quadros da Função Pública. Passa também por transformar inserção sustentada a euros em integração continuada com trabalho.
Os imigrantes de Leste que, neste momento, abandonam o nosso país aos milhares estão a dar um contributo significativo. Mas só junto dos que recebem o RNI por irreversível necessidade, e não por opção. Cabe ao Governo distingui-los. Melhor.
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Rui Hortelão, Subdirector
Rui Hortelão, Subdirector
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