domingo, maio 11

Homem armado barricado no Tribunal de Gaia entregou-se à polícia

O indivíduo armado que hoje se barricou no Tribunal de Gaia por causa de uma decisão sobre poder paternal entregou-se por volta das 18h30 "sem oferecer qualquer resistência e sem condições prévias", disse à Lusa o subcomissário Marco Almeida, da PSP.
Segundo fonte do Tribunal de Família e Menores, que funciona no Palácio da Justiça de Gaia, o indivíduo, que tem entre 25 e 30 anos, terá dito que queria falar com uma juíza, alegadamente descontente com a decisão que a magistrada tomou no processo de regulação de poder paternal.
A pretexto para falar com a magistrada foi a entrega de um requerimento. O indivíduo ameaçou a juíza, tendo depois saído da sala em que ambos se encontraram, altura em que a magistrada trancou a porta. No exterior da sala, o homem ordenou a saída de todos os presentes no tribunal e tirou a arma da algibeira. Mas não chegou a fazer reféns.
Segundo o irmão do indivíduo, este já protagonizou vários incidentes do género. "Tem um filho de 12 anos e já não é primeira vez que faz este tipo de coisas. Foram actos com menos impacto, mas que também meteram policia", afirmou o familiar, sem especificar o que de facto ocorreu e quando. O homem "está afastado há muito tempo do filho", e da ex-mulher, vivendo com o pai, acrescentou o seu irmão.
Segundo o PÚBLICO apurou, o tribunal tem um posto policial com dois polícias que não se aperceberam da situação.
A PSP evacuou o tribunal e criou um perímetro de segurança, que impedia o acesso a um centro comercial contíguo.
Questionado sobre este episódio, à saída do debate sobre a moção de censura do PCP ao Governo, na Assembleia da República, o secretário de Estado da Justiça José Conde Rodrigues afirmou que esta "é uma situação anormal que está a ser resolvida do ponto de vista policial".
Conde Rodrigues acrescentou ainda que há uma semana o Ministério da Justiça recebeu um relatório onde se prevê a actualização da segurança em instalações judiciais. "É um tribunal de menores onde estas questões não são tão ponderosas", adiantou.
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Fonte: Público on line de 08.05.2008
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