quinta-feira, julho 1

Polícias e revisores exigem maior policiamento em comboios


Polícias e revisores não vêem qualquer reforço policial nas linhas suburbanas de Lisboa e dizem que se têm sucedido as agressões contra utentes e revisores nos últimos tempos.

Polícias e revisores exigiram, esta quinta-feira, um maior policiamento nos comboios suburbanos e acusam as autoridades de falta de meios para contrariar o sentimento de insegurança que se vive nestas linhas, em particular na Linha de Sintra.
Luís Bravo, do Sindicato dos Revisores, considerou que o reforço policial, que as autoridades dizem ter sido efectivado há uma semana, não se vê e por isso as situações de violência «têm-se sucedido diariamente» com agressões a utentes e revisores.
«A situação é muito grave. Não podemos estar aqui a dizer que há um reforço e virem quatro ou cinco polícias para uma área geográfica de Lisboa, porque estamos a falar da Linha de Sintra, de Cascais e da Azambuja», acrescentou, durante uma acção destes dois sindicatos na estação do Rossio.
Porque «não estamos a inventar nada», para este sindicalista, justifica-se mesmo um alerta ao ministro da Administração Interna, Rui Pereira, para que haja um reforço do número de polícias a bordo dos comboios da CP.
Opinião semelhante tem António Ramos, do Sindicato dos Profissionais de Polícia, que defende a unificação entre a PSP e a GNR e mais policiamento, numa altura em que se verifica apenas a «entrada de dois a três homens por turno».
«É muito pouco. O que acontece é que perdemos todos. Por parte dos profissionais de polícia da PSP vêem-se impotentes para resolver o problema», acrescentou este sindicalista, que diz que a solução «não passa apenas por medidas de polícia».
Para António Ramos, «na época em que os jovens estão menos ocupados e estão em férias escolas, as autarquias, clubes, colectividades e as juntas de freguesia devem ocupar estes jovens nos tempos livres para que não andem em grupos e façam este tipo de situações nos comboios».

Fonte: TSF 01.07.2010