quarta-feira, julho 21

"Aniquilada" maior máfia italiana



Sessenta e sete pessoas foram detidas e cerca de 250 milhões de bens foram apreendidos durante uma operação policial, em Itália, contra a organização mafiosa Ndrangheta.


A operação denominada "Santa Tecla", que ocorreu em Calábria e na Lombardia, desmantelou o grupo mafioso da localidade de Corigliano Calabro.
As investigações, realizadas com a colaboração de alguns arrependidos que pertenceram às redes, descobriram "uma actividade de extorsão sistemática" contra diversos empresários locais e um tráfico de droga com o norte de  Itália. 
Nas últimas décadas, a Ndrangheta ,que se tornou uma das mais temidas máfias em Itália, terá tido um volume de negócios na ordem dos 44 mil milhões de euros, devido ao tráfico de armas e droga que faziam pelo mundo inteiro, nomeadamente na Alemanha, no Canadá, na Suíça e na Austrália.  

Fonte: Correio da Manhã de 21.07.2010



sábado, julho 17

Dezenas de carros e lojas incendiadas nos subúrbios da cidade francesa de Grenoble


Grenoble, no Sudoeste de França, foi este sábado de madrugada palco de violentos incidentes. Carros e lojas foram incendiados por grupos de jovens que trocaram tiros com a polícia. Os recontros têm sido associados à morte de um homem de 27 anos baleado pelas autoridades depois de um assalto.


Os incidentes começaram pouco antes da meia-noite, pouco depois do velório do homem de 27 anos que morrera na madrugada anterior, durante uma perseguição policial.

A polícia alega que disparou em legítima defesa, em resposta aos disparos do jovem que tinha alegadamente participado no assalto a um casino. 

A versão de legítima defesa é contestada pelos jovens que se envolveram esta madrugada em motins e confrontos com a polícia. 

Pouco antes da meia-noite, um grupo de cerca de 30 jovens armados com bastões de baseball e barras de ferro forçou um eléctrico a parar e os passageiros a sair. 

A policia interveio. As agências noticiosas falam em cerca de 60 carros incendiados e duas lojas vandalizadas. Os confrontos com a polícia incluiram disparos nos dois sentidos. Não há notícia de feridos. 

Foram detidas cinco pessoas. Três por tentativas de roubo nas lojas vandalizadas, dois acusados de incendiar automóveis. 

Em Novembro de 2007, a morte de dois adolescentes numa perseguição policial deu origem a dois dias de confrontos violentos com a polícia nos subúrbios de Paris. Dois anos antes, foi também a morte de dois jovens numa perseguição polícial que serviu de rastilho a um longo período de revolta, confrontos e motins nos subúrbios franceses. 

O ministro do interior visitou Grenoble e anunciou o reforço das forças políciais.


Fonte: SIC 17.07.2010

quarta-feira, julho 14

Mais de 1,2 milhões de acções de cobrança de dívidas estão pendentes nos tribunais


Há um milhão e 200 mil acções executivas (cobrança de dívidas e execução de sentenças) pendentes em Portugal e oito mil processos disciplinares parados na Câmara dos Solicitadores. Os dados foram revelados ontem na reunião do Conselho Consultivo da Justiça. A situação, considerada "muito preocupante", esteve no centro do encontro que juntou, em Lisboa, os mais altos representantes dos organismos da Justiça.


Para solucionar este problema que é uma das principais causas da morosidade e da ineficácia do sistema judicial, foram apresentadas algumas soluções que deverão constar de uma nova lei com vista a uma outra reforma da acção executiva. Uma "comissão muito qualificada" vai avançar com uma série de propostas para melhorar este tipo de acção que causa "muitos estrangulamentos" ao sistema judicial, anunciou ontem o ministro da Justiça, Alberto Martins. As decisões dos tribunais não estão a ser executadas e milhares de pessoas ficam lesadas nos seus direitos patrimoniais, alerta. 

As propostas da comissão que tem trabalhado na reforma nos últimos seis meses deverão chegar à Assembleia da República no início da próxima sessão legislativa, revelou o ministro. O reforço do papel do juiz e um novo estatuto para o agente de execução foram algumas das propostas apresentadas para melhorar a situação.

Antes da reunião, o presidente do Sindicato dos Funcionários Judiciais, Fernando Jorge, já considerara "essencial" que do encontro saísse uma "decisão corajosa" para resolver a "calamidade processual" que constitui a acção executiva. 

O Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) para a Justiça foi outro dos assuntos discutidos na reunião. Mas a ideia de que pouco mais há a cortar na área da Justiça dominou entre os presentes. "Reduzir ainda mais" o investimento no sistema judicial é fazer "perigar o funcionamento dos tribunais e dos órgãos da justiça", alertara já o presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP), João Palma. 

Obras mantêm-se

No final do encontro, Alberto Martins assegurou aos jornalistas não haver a intenção de agravar as taxas de justiça, mas sim de "encontrar soluções mais equitativas", que permitam o pagamento das taxas de forma gradual. O ministro disse ainda que os emolumentos/preços na área dos registos e notariado não vão sofrer "propriamente um agravamento", mas um "reajustamento, que pode passar por acabar com algumas isenções" que eram inadequadas, sobretudo na área dos imóveis. 

Alberto Martins explicou que a contenção orçamental não vai afectar as obras em curso nas cadeias do Linhó e de Alcoentre, destacando ainda entre as prioridades a construção dos estabelecimentos prisionais do Vale do Tejo e de Castelo Branco. Quando às obras de ampliação da sede da Polícia Judiciária (PJ), em Lisboa, vão manter-se e podem iniciar-se ainda este ano, disse. 

Na reunião do Conselho Consultivo da Justiça participaram, entre outros, o presidente do Supremo Tribunal de Justiça, o bastonário da Ordem dos Advogados, o vice-procurador geral da República, o director nacional adjunto da PJ, o presidente da Câmara dos Solicitadores e representantes de sindicatos e associações de juízes, magistrados e funcionários judiciais.


Fonte: Público de 13.07.2010

domingo, julho 11

Medo afasta banhistas e clientes




Entre banhistas, comerciantes e clientes dos restaurantes, todos têm presente os confrontos de há uma semana em pleno areal da praia do Tamariz, Estoril, entre dois grupos rivais – duas vítimas esfaqueadas e tiros disparados para o ar, por gangs rivais da Amadora e de Chelas.

E uma coisa parece certa: "O medo afastou muitos banhistas e clientes daqui. Isso é indiscutível. Vê-se menos pessoas na praia e, naturalmente, em todo o comércio aqui perto. E nós dependemos deles para viver, ainda mais sendo esta uma zona turística por natureza", lamentava ontem ao CM Miguel Lopes, responsável do restaurante Bolina, local onde vários jovens se esconderam atrás do balcão e debaixo das mesas depois de perseguidos por um grupo numeroso e armado com facas e pistolas.
Um episódio nunca antes visto naquela praia e que afastou clientes do comércio e banhistas do areal. No dia em que cerca de 30 elementos do Partido Nacional Renovador – sob vigilância de outros tantos polícias – se concentraram no Tamariz em protesto contra a criminalidade e falta de segurança (ver peça secundária), Miguel Lopes olhava para a sua esplanada despida de clientes, quando há uma semana estava repleta e com fila de espera. "Tínhamos uma clientela fidelizada, e desde então perdemos mais de 50 por cento dos clientes", lamenta. "Vê-se mais polícia na praia, sentimo-nos mais protegidos, mas fomos muito afectados com o que se passou", disse o responsável daquele estabelecimento de restauração, que revela não ser o único comerciante afectado. "O Tamariz está ferido. Isto é um ex libris da região e alguém tem de cuidar dele."
Ontem, também devido à concentração dos nacionalistas do PNR, toda a zona do Tamariz estava policiada com cerca de 30 agentes da PSP, da Polícia Marítima e da Polícia Municipal. As pessoas mostravam um misto de segurança e medo pelos incidentes do domingo passado. Muitas dizem temer que este policiamento de visibilidade se tenha devido ontem ao PNR e que desapareça nos próximos dias.
DISCURSO DIRECTO
"ESTOU SEMPRE COM UM OLHO ABERTO", Afonso Durão, 56 anos
"Cheguei a pensar não vir mais para o Tamariz, mas mudei de ideias quando ouvimos que o policiamento ia ser reforçado. Estou é sempre com um olho aberto e outro fechado."
"O QUE SE PASSA NÃO É EXCLUSIVO DO TAMARIZ", Maria Teresa, 63 anos
"O que se passa aqui também acontece em Carcavelos, Oeiras, não é exclusivo da praia do Tamariz. Este ano vê-se mais polícia e o que aconteceu surpreendeu-me bastante."
"UMA PRAIA TRANQUILA, MELHOR QUE NO BRASIL", Danilo Brito, 29 anos
"Esta é a única praia que frequento e nunca tive problemas. Venho sempre com a minha mulher e filha e é uma praia tranquila, nunca nos sentimos inseguros. É melhor que no Brasil. "
MAIS PROBLEMAS AO DOMINGO
O domingo é apontado por banhistas e comerciantes como o dia mais complicado no Tamariz, Estoril. Há mesmo quem opte por praias diferentes neste dia. "Praticamente cresci no Tamariz, já assisti a alguns problemas, mas o que se passou no domingo ultrapassou todos os limites. Agora, nem sempre venho para aqui, pois qualquer dia eu ou alguém da minha família leva com uma bala perdida", disse ontem ao CM um banhista, que pediu para manter o anonimato.
"SENTEM-SE IMPUNES"
Com 80 anos e frequentador da praia do Tamariz há 50, o sr. Machado já viu de tudo no areal. "Já perdi a conta ao número de assaltos e de agressões na praia. Só quem não quer é que não vê o que se passa aqui", diz ao CM este banhista, que alerta para a impunidade sentida pelos grupos de jovens. "Eles nunca agem sozinhos e fazem tudo com a maior das calmas. Passam, roubam e vão-se embora. A praia sempre teve problemas, mas nos últimos anos a situação agravou-se muito. Agora há tiros e facadas."
EXTREMA DIREITA EM PROTESTO
Trinta elementos nacionalistas do Partido Nacional Renovador – sempre vigiados de perto por outros tantos polícias mobilizados para a zona – concentraram-se ontem na praia do Tamariz para protestar contra a onda criminalidade e a falta de segurança que nos últimos tempos tem assolado a linha de Cascais e também de Sintra.
As fortes medidas de segurança dissuadiram quaisquer confrontos entre banhistas e membros do partido, apesar de alguns insultos vindos do areal dirigidos aos elementos ligados à Extrema-direita. "Vão-se embora, seus c..." Numa concentração silenciosa, a resposta foi dada aos jornalistas por Tomas Taylor, jovem de apenas 18 anos que aderiu há dois ao PNR. "Esta praia tem muita escumalha. Isto tem de parar. Nós viemos aqui e não insultámos ninguém."
José Pinto Coelho, líder do PNR, alertava para o facto de Portugal se estar a tornar num "paraíso para os criminosos e um inferno para os portugueses e para a polícia". "As pessoas não podem vir à praia e andar na rua com medo. Portugal está a ficar entregue a pessoas anti-sociais, com roubos nos comboios, agressões. Qualquer dia não podemos sair à rua sossegados", afirmou José Pinto Coelho.
CHELAS: AMIGOS DE MIGUEL
Alguns dos elementos envolvidos nos confrontos são oriundos de Chelas e pertencem ao grupo de amigos do futebolista Miguel, do Valência, também ele associado a tiroteios em discotecas.
CASCAIS: MAIS SEGURANÇA
No dia dos confrontos, António Capucho, autarca de Cascais, reclamou mais segurança na zona. No dia seguinte, reuniu-se com o ministro da Administração Interna, Rui Pereira.
LINHA: CRIMES NOS COMBOIOS
A Linha de Cascais tem sido palco, nas últimas semanas, de vários crimes, com especial incidência nos comboios que ligam o Cais do Sodré, em Lisboa, a Cascais.

Fonte: Correio da Manhã de 11.07.2010

quinta-feira, julho 8

Londres: Português condenado a 29 anos por matar idoso



Um português foi esta quinta-feira condenado por um tribunal britânico a 29 anos de prisão pelo roubo e homicídio de um antigo veterano da II Guerra Mundial, de 94 anos, que era seu vizinho.
A sentença, segundo a agência Lusa, foi lida no tribunal de St. Albans, onde Márcio Sá Barros, de 31 anos, se tinha declarado culpado na segunda feira.
O português foi acusado pelo homicídio de William Humphrey por, a 2 de Fevereiro, ter esfaqueado e amarrado o vizinho do andar de cima antes de roubar uma televisão, uma máquina fotográfica e dinheiro.
Barros e Humphrey viviam no mesmo edifício em Borehamwood, a 25 quilómetros a norte de Londres: o português com a familia e o aposentado inglês sozinho.
O facto de o português ter esfaqueado "sem piedade", por várias vezes, a vítima resultou numa pena de prisão pesada.
"O homicídio de William Humphrey foi um crime horrível", vincou a polícia responsável pelo caso, Carolyn Taylder, da unidade de grandes crimes das regiões de Berdfordshire e Hertfordshire. 
"A sentença reflete a natureza grave e horrível do incidente", justificou.
DESEJAVA CHEGAR AOS CEM ANOS 
Uma neta da vítima, que não quis ser identificada, recordou o avô como um "homem independente, dedicado à família, que viveu durante 40 anos na casa em Borehamwood". 
"Ele estava desejoso de chegar aos 100 anos e não temos dúvida de que ele teria lá chegado se não tivesse sido levado tão cruelmente de nós", afirmou.
Bill, como era conhecido, tinha 13 irmãos e começou a trabalhar cedo numa siderurgia, que largou em 1939 para servir no exército durante a II Guerra Mundial (1939-1945).
Esteve colocado na Birmânia, no Egipto e no Bornéu e chegou ao posto de sargento. 
Após abandonar a vida militar, trabalhou com gruas e, depois de chegar à idade da reforma, foi motorista dos estúdios de cinema Elstree Studios, onde se manteve para além dos 80 anos. 
No ano passado, ficou viúvo da esposa de 65 anos, de quem cuidou durante a sua doença.
Márcio Sá Barros, cujo cadastro criminal em Portugal foi referido em tribunal, foi inicialmente acusado de outros oito roubos no Reino Unido, mas reclamou inocência, tendo o procurador do Ministério Público abandonado o processo.
Todavia, a polícia revelou esta quinta-feira que irá investigar os alegados actos  do português anteriores ao homicídio.   
Fonte: Correio da Manhã de 08.07.2010

domingo, julho 4

Baleado em confrontos na praia do Tamariz



Confrontos entre gangues rivais na praia do Tamariz, em Cascais, terminaram este domingo com um jovem baleado e um número indeterminado de pessoas esfaqueadas.Segundo apurou o CM, a PSP já reforçou o seu dispositivo no local com três equipas de Intervenção Rápida e estava a enviar reforços também para a praia de Carcavelos, para onde os desacatos se estenderam.

O sujeito baleado foi transportado para um hospital da área de Lisboa em estado grave. Este é mais um episódio de violência na linha de Cascais, depois de na quinta-feira, um grupo de 30 jovens ter apedrejado, na Estação de Algés, um comboio, danificando algumas composições. Em menos de 24 horas, três homens foram esfaqueados numa carruagem da mesma linha.

Na praia do Tamariz, clientes de uma esplanada foram obrigados a resguardarem-se debaixo das mesas.

Fonte: Correio da Manhã de 04.07.2010


Monte da Caparica: Situação acalmou no Bairro do Asilo


A situação já acalmou no Bairro do Asilo, no Monte da Caparica, em Almada, onde esta madrugada se registaram incidentes, disse à agência Lusa fonte da GNR. Segundo a fonte, o alerta sobre os incidentes foi dado por moradores do bairro em queixas para o posto da GNR da Trafaria, já depois da 01:30. Os moradores queixaram-se de ameaças, desacatos e ajuntamentos no bairro, tendo sido enviada uma patrulha para o local.

Fonte: LUSA, 04.07.2010

GNR regressou ao Bairro do Asilo esta madrugada


A GNR regressou esta madrugada ao Bairro do Asilo, no Monte da Caparica, Almada, depois de ter sido alertada de desacatos no local. A Guarda mobilizou para o bairro duas equipas das forças de intervenção rápida, tendo sido recebida por um “very light” e pequenos engenhos explosivos artesanais. Os militares deram a situação como controlada pelas 06h00.

Segundo fonte da GNR, o alerta foi dado por moradores para o posto da GNR da Trafaria já depois da 01h30. Os moradores queixaram-se de ameaças, desacatos e ajuntamentos no bairro, durante os quais terão sido feitos disparos. A mesma fonte adiantou que pelas 02h30 foi disparado um “very ligth” em direcção à patrulha e pouco depois ocorreram dois rebentamentos de petardos e a explosão de uma bomba artesanal. 

A Lusa avança que os incidentes terão começado quando a GNR pediu a um grupo entre 30 a 40 pessoas, juntas numa festa de anos, que dispersassem por estarem a incomodar os moradores do bairro. 
Pedidos reforços, foram enviados para o local duas equipas das forças de intervenção rápida que restabeleceram a calma no bairro. Fonte da Guarda sublinhou que não houve contacto físico entre a polícia e os moradores e acrescentou que nenhuma pessoa foi identificada. 
A situação ficou normalizada pelas 06h00 e os efectivos desmobilizaram gradualmente, no intuito de evitar o reacender de tensões, segundo a mesma fonte.
Alguns habitantes do Bairro do Asilo criticaram a actuação das autoridades e consideraram que é a intolerância das forças policiais que gera a revolta dos moradores. Uma moradora que pediu para não ser identificada disse à Lusa que “a atitude da polícia está a fazer o bairro pior do que o que ele é”. “Vivo no bairro há 14 anos, estes incidentes não são normais. Este é um bairro calmo”, sustentou, apoiada por outros moradores.
Este é o segundo incidente registado no bairro numa semana. Na madrugada de terça-feira foram detidas 19 pessoas e cinco agentes da GNR ficaram feridos após confrontos. Na altura, a GNR considerou que os incidentes foram “uma situação pontual”, adiantando não ter registos de ocorrências semelhantes naquele bairro do Monte da Caparica. 
A presidente da Câmara Municipal de Almada, Maria Emília de Sousa, pediu ao ministro da Administração interna, Rui Pereira, que fosse criado um posto de polícia no Monte da Caparica.

Fonte: PÚBLICO 04.07.2010

quinta-feira, julho 1

Caparica: Cinco militares da GNR feridos


Cinco militares ficaram feridos na noite desta segunda-feira quando a GNR tentava pôr termo a uma desordem pública no Bairro do Asilo, no Monte de Caparica.

Ao que apurou o CM, moradores daquele bairro queixaram-se à GNR do barulho causado por uma festa que estava a decorrer. Quando os militares chegaram ao local (cerca das 23h00) foram agredidos e injuriados e tiveram que solicitar reforços, os quais foram igualmente mal recebidos.
Um militar ficou ferido no pescoço, outro numa mão e um terceiro no ombro. Os três foram transportados para o Hospital Garcia de Orta, em Almada, mas o seu estado de saúde não inspira cuidados.
Para pôr termo à desordem pública, a GNR efectuou entre três a cinco disparos de shot-gun, mas não há registo de feridos entre os desordeiros. De acordo com o Tenente Coronel Garrido Gomes, os soldados da GNR foram agredidos com pedras, garrafas e até computadores portáteis. Os bombeiros, chamados para apagar pequenos focos de incêndio em caixotes do lixo, foram também agredidos e retiraram-se do local.
A GNR deteve e identificou 19 pessoas as quais vão ser investigadas pela eventual participação nos desacatos.
Pelo menos quatro viaturas da GNR sofreram danos na chapa e nos vidros na sequência dos desacatos. A mesma fonte da GNR adiantou que a desordem não esteve relacionada com festejos futebolísticos.
A situação acalmou cerca das 02h00, mas a GNR vai manter-se no local durante esta terça-feira.

Fonte: Correio da Manhã de 29.06.2010

Pelo menos quatro polícias agredidos diariamente em Portugal


A estimativa é feita pelo Sindicato Nacional de Polícia numa altura em que vai ser lançada uma campanha europeia contra a agressão de agentes de autoridade.


O Sindicato Nacional de Polícia garantiu que pelo menos quatro polícias são agredidos diariamente no desempenho das suas funções, o que motivou o início de uma campanha a nível europeu contra a agressão de agentes da autoridade.
«Segundo informações que temos e de dados anteriores, contando com cifras negras e cinzentas, temos uma estimativa feita por nós que pelo menos todos os dias há cerca de quatro elementos de forças de segurança em Portugal que estão a fazer o serviço policial e que se vêm sujeito a agressões por parte de terceiros», disse o presidente deste sindicato.
Em declarações à TSF, Armando Ferreira, que também o representante português na Conferência Europeia dos Sindicatos de Polícia, assinalou ainda que muitas destas agressões nem sequer chegam a constar dos registos oficiais.
«Há agressões graves que são sujeitas a queixa por parte de agentes e há outras que acontecem no decorrer de acções policiais e que ficam encobertas no meio da acção, uma vez que houve necessidade do uso da força e a pessoa agiu com violência e muitas das vezes não fazem parte das estatísticas», explicou.
Estas questões serão debatidas em Madrid numa conferência de Eurocop, a federação europeia dos sindicatos de polícia, que lança uma campanha em toda a Europa para travar este flagelo.
Um dos casos que será apresentado nesta conferência será o de um agente da PSP nos Açores que foi agredido brutalmente no decurso de uma acção policial num caso de violência doméstica.

Fonte: TSF 12.04.2010

Polícias e revisores exigem maior policiamento em comboios


Polícias e revisores não vêem qualquer reforço policial nas linhas suburbanas de Lisboa e dizem que se têm sucedido as agressões contra utentes e revisores nos últimos tempos.

Polícias e revisores exigiram, esta quinta-feira, um maior policiamento nos comboios suburbanos e acusam as autoridades de falta de meios para contrariar o sentimento de insegurança que se vive nestas linhas, em particular na Linha de Sintra.
Luís Bravo, do Sindicato dos Revisores, considerou que o reforço policial, que as autoridades dizem ter sido efectivado há uma semana, não se vê e por isso as situações de violência «têm-se sucedido diariamente» com agressões a utentes e revisores.
«A situação é muito grave. Não podemos estar aqui a dizer que há um reforço e virem quatro ou cinco polícias para uma área geográfica de Lisboa, porque estamos a falar da Linha de Sintra, de Cascais e da Azambuja», acrescentou, durante uma acção destes dois sindicatos na estação do Rossio.
Porque «não estamos a inventar nada», para este sindicalista, justifica-se mesmo um alerta ao ministro da Administração Interna, Rui Pereira, para que haja um reforço do número de polícias a bordo dos comboios da CP.
Opinião semelhante tem António Ramos, do Sindicato dos Profissionais de Polícia, que defende a unificação entre a PSP e a GNR e mais policiamento, numa altura em que se verifica apenas a «entrada de dois a três homens por turno».
«É muito pouco. O que acontece é que perdemos todos. Por parte dos profissionais de polícia da PSP vêem-se impotentes para resolver o problema», acrescentou este sindicalista, que diz que a solução «não passa apenas por medidas de polícia».
Para António Ramos, «na época em que os jovens estão menos ocupados e estão em férias escolas, as autarquias, clubes, colectividades e as juntas de freguesia devem ocupar estes jovens nos tempos livres para que não andem em grupos e façam este tipo de situações nos comboios».

Fonte: TSF 01.07.2010