Sete agentes funerários de Nova York admitiram fazer parte de uma quadrilha que furtava órgãos de seres humanos para transplantes.
Os órgãos eram vendidos, sem a autorização dos parentes dos mortos, a empresas médicas.
Os órgãos também eram utilizados na manufatura de próteses dentárias e ósseas.
O promotor do distrito do Brooklyn, Charles Hynes, disse que centenas de órgãos foram vendidos por milhões de dólares e que mais pessoas seriam indiciadas no caso. Segundo Hynes, sete delas concordaram em cooperar com a polícia e deram depoimentos em segredo. Seus nomes não foram revelados.
Um dos acusados confessou ter furtado partes do corpo de um conhecido jornalista e radialista da BBC, Alistair Cooke, morto em 2004, aos 95 anos.
Para facilitar a venda de seus órgãos, a causa de sua morte e sua idade foram alteradas.
Cooke morreu de câncer de pulmão com metástase nos ossos, mas a empresa alegou que se tratava de uma morte por ataque cardíaco. Sua idade também teria sido reduzida em 10 anos, conforme a agência de notícias Associated Press.
Os acusados podem ser condenados a até 25 anos de prisão.
“Estes ladrões doentios pensaram que poderiam fazer o crime do século, roubando ossos de mortos, sem pensar em um só momento nas famílias das vítimas nem nos receptores dos órgãos, que possivelmente estavam recebendo órgãos contaminados”, disse Hynes em um comunicado.
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