O número de mortes na estrada coloca Portugal a meio da tabela de mortalidade rodoviária da União Europeia e continua a envergonhar os condutores portugueses.
Mas se o cenário já é tradicionalmente negro, pode ser ainda pior se tivermos em conta que os números oficiais que Portugal envia para a Europa escondem uma mancha significativa de vítimas mortais.
As estatísticas reflectem os dados que PSP e GNR enviam para a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária e que apenas contabilizam as mortes ocorridas no local.
Mas muitas das vítimas acabam por falecer horas ou dias mais tarde.
Além de não contarem para os dados oficiais, são consideradas como meros feridos graves.
Em 2004, por exemplo, morreram 1664 pessoas nas estradas portuguesas de acordo com a Direcção Geral de Saúde, mas a estatística enviada para União Europeia dá conta de 1247 vítimas mortais.
Já a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária só contabilizou 1135 mortes.
Uma descoordenação que, de acordo com os especialistas, pode ser facilmente solucionada se as estatísticas passarem a englobar a contagem de vítimas a 30 dias.
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Fonte: SIC on line