Thursday, December 9

Um em cada quatro admite pagar subornos


Barómetro da Transparency Internacional regista maior percepção da corrupção na América do Norte e na União Europeia.

O relatório da Transparency International divulgado hoje revela que seis em cada dez pessoas em todo o mundo considera que a corrupção aumentou. Por outro lado, uma em cada quatro pessoas admite ter pago subornos no último ano.

As opiniões mais negativas sobre as tendências de corrupção surgem na Europa e América do Norte, onde 73% e 67% das pessoas, respectivamente, consideram ter havido um aumento nos níveis de corrupção nos últimos três anos. Apesar destes resultados, a pesquisa também revelou que sete em cada dez estão dispostas a denunciar um acto de corrupção.

"A crise financeira continua a afectar a opinião das pessoas sobre o fenómeno da corrupção, nomeadamente na Europa e na América do Norte. As instituições devem ser resolutas nos seus esforços para restabelecer a boa governação e a confiança", diz Huguette Labelle, presidente da Transparency International. "É encorajador perceber que tantas pessoas estão dispostas a assumir uma posição contra a corrupção. Esta disposição deve ser mobilizada", sublinha.

Mas, quando se pede às pessoas para avaliarem os esforços dos respectivos governos para combater os actos de corrupção, as respostas são cépticas: metade dos entrevistados considera esses esforços ineficazes, e só três em cada dez é que os consideram eficazes.

Os inquiridos dos países mais desenvolvidos são os que consideram o combate à corrupção menos eficaz. Ou seja, sete em cada dez entrevistados no Azerbaijão, Camboja, Fiji, Geórgia, Quénia, Luxemburgo e Serra Leoa consideram a acção do seu governo como sendo eficaz ou extremamente eficaz. Ao contrário, sete em cada dez inquiridos em Argentina, Bósnia-Herzegovina, Canadá, França, Alemanha, Grécia, Islândia, Letónia, Lituânia, Paquistão, Portugal, Roménia, Eslovénia, Espanha, Reino Unido, Estados Unidos e Venezuela consideram as acções anticorrupção dos seus governos como ineficazes.

Fonte: Diário de Notícias de 09.12.2010