Monday, June 23

Confronto de jovens causa pânico na praia de Santo Amaro de Oeiras

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O pânico tomou este sábado (21 de Junho) conta da praia de Santo Amaro de Oeiras, na sequência de confrontos entre jovens que a seguir se viraram contra PSP, que foi obrigada a fazer disparos. Um dos agentes ficou ferido, atingido na cabeça por uma garrafa.
Os problemas começaram cerca das 17,30 horas, quando a praia de Santo Amaro de Oeiras estavam praticamente cheia de banhistas. Num dos espaços encontrava-se um grupo de cerca de 50 jovens e a dado momento começaram a verificar-se situações de confronto entre dois ou três deles, segundo fontes do Comando Metropolitano da PSP de Lisboa, adiantou ao JN.
Dois agentes da PSP que se encontravam no local tentaram serenar os ânimos, mas os confrontos terão degenerado e foram obrigados a chamar reforços.
Várias forças de intervenção rápida chegaram à praia, até um efectivo de mais de 30 agentes, já muitos do elementos do grupo de 50 jovens se viravam contra a própria polícia, arremessando garrafas e paus. Um dos elementos da PSP acabou por ser ferido e teve que receber assistência no local, embora por precaução tenha sido transportado a uma unidade hospitalar.
No entanto, os ânimos não abrandavam e os elementos das Equipas de Intervenção Rápida acabaram por ter que fazer disparos de intimidação de shot-gun "para o ar", segundo o oficial de dia ao Comando de Lisboa, que esclareceu que se tratou de munições não letais.
Só então os ânimos terão começado a serenar, mas muitos dos veraneantes ficaram assustados pelos confrontos e acabaram por ter abandonar a praia. Com o peso da memória do "arrastão" que o não foi, há dois anos, a PSP, ao princípio da noite de ontem, ainda não sabia se se tinha tratado ou não de confrontos entre grupos rivais.
Em todo o caso, os transportes públicos na zona da praia, o comboio na Linha de Cascais e as zonas de paragem dos autocarros viram a sua segurança ser reforçada, com receio de que os confrontos pudessem reacender-se. Só ao princípio da noite de ontem o dispositivo de segurança foi desmobilizado, mas mantém-se a inquirição de eventuais testemunhas, tendo em conta a agressão contra o agente da PSP. A investigação está também a tentar perceber se os confrontos foram aproveitados para roubos.
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Fonte: Jornal de Notícias de 23.06.2008
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